Dia de festa em La Rochelle. Começou mais um desafio solitário ao redor do mundo.
Começou! Largou , em La Rochelle, na França mais uma Velux 5 Oceans. Para quem não lembra, a regata de volta ao mundo em solitário, com escalas, que nasceu com o nome de BOC Challenge, virou AroundAlone (um nome perfeito!) e depois ganhou esta alcunha que ora vige.
E nas águas de França, ponto inicial e final da peleja global que vai parar também na Cidade do Cabo, Wellington, Salvador e Charleston, apenas 5 skippers e seus Eco 60 (na verdade Opens 60 fabricados antes de 2003 e com uma regra de apelo eco-marqueteiro) estavam na linha de partida.
Uma respeitável flotilha de espectadores, como é comum na sempre vela-intensiva França, incluindo alguns veteranos da regata como Isabelle Autissier, Jean Luc Van Den Heede, Thierry Dubois e Bernard Stamm, além do organizador Robin Knox-Johnston, acompanhou os 5 heróis da vez no rumo do Atlântico.
A edição 2010/11 da prova, a oitava de sua história de 28 anos, começou quente, com o polonês Zbigniew “Gutek” Gutkowski mostrando estilo agressivo no tiro de partida e montando a primeira boia na ponta apesar de ter o barco mais velho da flotilha. O americano Brad Van Liew cruzou a linha em segundo e perseguiu duramente o polaco, ultrapassando Gutek após a primeira marca.
Brad já completou a Velux 5 Oceans duas vezes, tendo vencido a classe 2 da regata em 2002. Seu barco, o Le Pingouin tem pedigree. Foi construído pela lendária Catherine Chabaud para a edição de 1998 da Vendée Globe.
O canadense Derek Hatfield e o britânico Chris Stanmore-Major completam a frota. O quinto elemento da aventura, o belga Christophe Bullens terá que fazer uma passagem de qualificação de 48 horas antes de retornar a La Rochelle para realizar os preparativos finais para a regata. Ele já estava qualificado no seu Five Oceans of Smiles que perdeu o mastro a caminho França e teve que comprar outro barco. Com sorte (e dinheiro!) ele adquiriu o Artech 60, agora renomeado também como Cinco Oceanos
A regata, infelizmente, não atrai mais os grandes nomes da vela oceânica solitária e se posicionou como uma espécie de “prova de amadores” que desejam realizar o sonho da circunavegação. De todo modo, a aventura é sempre bacana e vale a pena acompanhar os intrépidos comandantes.
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