ESTUÁRIO DO TEJO: UM MAR DE ENERGIA
Por Manuel Fernandes
Barreiro
Mas os nossos antepassados souberam ainda aproveitar a Energia das Marés usando os recantos e caldeiras da Margem Sul do Tejo e da Margem Direita do Coina para construir um significativo número de Moinhos Hidráulicos dos quais ainda restam substantivas presenças.
Desde Alcochete ao Seixal dezenas de Moinhos de Maré, usados essencialmente para moagem de cereais, foram sendo construídos desde o século XV, tendo operado até meados do século XX.
Os nossos antepassados souberam explorar criteriosamente o Estuário do Tejo e aproveitar a generosidade desta grande Baía Mater como fonte de Energia. Para além de servir de ganha-pão aos que nos seus areais, nos seus esteiros e mouchões procuravam o peixe e os moluscos, este Estuário serviu ainda para transporte de mercadorias entre localidades ribeirinhas e para banhos de residentes e visitantes.
Mas os nossos antepassados souberam ainda aproveitar a Energia das Marés usando os recantos e caldeiras da Margem Sul do Tejo e da Margem Direita do Coina para construir um significativo número de Moinhos Hidráulicos dos quais ainda restam substantivas presenças.
Desde Alcochete ao Seixal dezenas de Moinhos de Maré, usados essencialmente para moagem de cereais, foram sendo construídos desde o século XV, tendo operado até meados do século XX.
Só no Concelho do Barreiro foram recenseados 13 unidades, muitos delas em ruínas sendo que algumas são facilmente recuperáveis pois ainda lá estão os edifícios e as caldeiras.
E as perguntas que tomo a liberdade de trazer a esta conferência são:
• Estaremos condenados a ver desaparecer este Património que teve um papel tão importante na nossa matriz identitária e na sobrevivência das gerações que nos precederam?
• Será que a responsabilidade Social e Ambiental das Empresas concessionárias da produção, distribuição e venda de energia em Portugal não justifica o seu envolvimento na recuperação e aproveitamento deste património para a instalação de turbinas electrogeradoras ou mesmo mini-hídricas?
Admito que o aproveitamento deste património responderia a uma razoável percentagem das necessidades de energia do Arco Ribeirinho. Energia Limpa e Renovável
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