segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Expedição vai explorar Pacífico

Oceanografia

Expedição vai explorar Pacífico

Veleiro francês entrou no segundo ano de exploração e fez primeira escala no continente americano

Um ano depois de ter saído de Lisboa, a primeira paragem na sua expedição de três anos, o veleiro Tara chega a outra cidade onde se fala português, o Rio de Janeiro, de onde partirá para explorar o oceano Pacífico.
No segundo ano da sua viagem à voltado mundo, os cientistas a bordo do veleiro francês vão estudar o impacto da actividade humana no plâncton - a flora e fauna microscópicas que produzem tanto oxigénio como todas as florestas do mundo. Desde que saiu da capital portuguesa, em Setembro de 2009, a equipa de biólogos, físicos e oceanógrafos já passou por perigos tão grandes como aqueles que enfrentaram as expedições científicas inglesas do século XIX que inspiraram esta viagem.
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A tripulação do Tara já fugiu de piratas, enfrentou tempestades complicadas e quase colidiu com um petroleiro. Experiências que os cientistas vão partilhando na sua página na Internet (oceans.taraexpeditions.org).



Mas a experiência do último ano vai ser importante para os próximos meses em que vão atravessar águas mais turbulentas. "As mesmas equipas de cientistas vão continuar no segundo ano e já se sentem em casa", explica o capitão Hervé Bourmaud, que passou mais tempo no Tara que qualquer outra pessoa no último ano, no diário de bordo online.

No Rio de Janeiro, foram recebidos pelo fotógrafo Sebastião Salgado, que fez uma expedição à Antárctida a bordo do Tara, em 2005. "O Tara não é apenas um barco mas um símbolo do ambiente e da investigação científica. Estou orgulhoso de fazer parte da família do Tara", afirmou o brasileiro.



A equipa inclui dezenas de cientistas de diferentes nacionalidades. Mas a bordo estão geralmente apenas 14 pessoas - incluindo o capitão, quatro marinheiros e cinco cientistas. Ao longo dos três anos que têm para percorrer 150 mil quilómetros, com 60 escalas, equipa e cientistas revezam-se. A estada média, para os cientistas, é de um mês, e para a restante equipa, de três. Todos os dias têm oito horas para recolher amostras

       PATRÍCIA JESUS



   Link  http://oceans.taraexpeditions.org/

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