segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Tesouro encontrado em Portugal

Tesouro encontrado em Portugal disputado na justiça Americana

Missões A busca pelo tesouro que estava afundado ao largo de Faro não é recente, nem fruto de acasos. "Havia relatos escritos dessa batalha marítima ao largo de Faro", explica o arqueólogo Alexandre Monteiro.

O Nuestra Señora de Las Mercedes foi ao fundo durante uma batalha que aconteceu em 1804 com os navios ingleses Amphion e Indefatigable. Perderam a vida 250 pessoas.
O arqueólogo Vieira de Castro, num trabalho publicado em 1988 na Revista Portuguesa de Arqueologia, refere que "desde os anos sessenta que o tesouro perdido consta abundantemente na bibliografia dos tesouros perdidos". "Os comandantes ingleses estimaram a posição da batalha entre oito e dez léguas a sudoeste do cabo de Santa Maria", diz no estudo.
Segundo o arqueólogo, que se encontra a trabalhar na Universidade do Texas, a caça ao tesouro afundado terá começado em 1982, quando um grupo de investigadores pediu autorização à Capitania do Porto de Faro para prospecção numa determinada área a sudoeste de Faro, muito próximo da costa. Os investigadores acabaram por abandonar o projecto.


Em 1986, segundo a investigação de Vieira de Castro, duas empresas inglesas -"a SubSea Offshore, Ldt e a Divetask Salvage, Lda" - requereram autorizações para resgatar o tesouro. Foram indeferidas. Em 1993, a New Era, Lda, avançou com outro pedido. Também não foi concedido. Em Março de 1997, o relato de um oficial da Marinha portuguesa, membro da Associação Arqueonáutica, informa que um navio da Marinha "havia interceptado um navio norueguês. Estava fora de águas territoriais e procurava a fragata Nossa Señora de Las Mercedes.
Não foi levado a sério pelas autoridades portuguesas. Os relatos de buscas pelo Nossa Señora de Las Mercedes não param até que em 1996 a corveta portuguesa António Enes intercepta ao largo do cabo de Santa Maria o navio oceanográfico norueguês Geograph. Não assumiram que procuravam o tesouro espanhol. Disseram que estavam à procura de um porta-aviões inglês ali naufragado durante a Segunda Guerra Mundial.
Uma história em que pelo lucro vencem, até ao momento, os americanos da Odyssey Explorer. Sem autorização retiraram no fundo no mar português o tesouro espanhol. A disputa promete continuar a arrastar-se na justiça norte-americana.

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