terça-feira, 2 de novembro de 2010

ilhas Marshall



Uma barreira para proteger a costa


Arquipélago quer precaver-se com uma barreira de cinco quilómetros

Ameaçadas pela subida da água dos oceanos, as ilhas Marshall, um arquipélago com uma rede de atóis que se eleva apenas um metro acima do nível do mar, quer construir uma barreira para proteger a sua costa de inundações, que já causaram prejuízos milionários no passado.

"Queremos evitar a erosão e parar as cheias", resume Philip Müller, o embaixador do arquipélago do Pacífico na ONU. A ideia é construir uma muralha com cinco quilómetros de comprimento junto ao atol de Majuro e encher de terra as pequenas baías, para diminuir a intensidade das ondas durante as tempestades.

Os custos totais do projecto ainda não foram revelados, mas o arquipélago já pediu um adiantamento de 20 milhões de dólares (pouco mais de 14 milhões de euros) a fundos de doações internacionais para avançar com a obra. Até porque uma agência climática das Nações Unidas sedeada no Havai já alertou para o risco de inundações nos próximos dois meses, o que traz à memória as cheias de Dezembro de 2008.

"A nossa janela de oportunidade para aceder a estes fundos é muito curta", reconhece Philip Muller. "O dinheiro é só para arrancar com a construção da protecção, mas depois vamos precisar de fundos adicionais", alerta o embaixador das ilhas Marshall, critico da forma como o dinheiro prometido a nações vítimas das alterações climáticas está a ser distribuído. "Muito pouco é investido nos países que realmente precisam dele.

O arquipélago das ilhas Marshall é constituído por 29 atóis de corais e cinco ilhas. Apesar de ocupar 800 mil quilómetros quadrados no oceano Pacífico, só tem 116 quilómetros quadrados de área seca. Cerca de metade dos seus 55 mil habitantes vivem em Majuro, onde a esmagadora maioria das casas está a dez metros ou menos do mar.
As ilhas Marshall ficaram conhecidas nos anos 50 do século passado por terem servido de palco aos testes nucleares dos Estados Unidos da América, potência administrante do arquipélago até 1986






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