A Transtejo e a Soflusa estão em falência técnica e em 12 anos perderam quase metade dos utentes, revela um relatório do Tribunal de Contas.
Para recapitalizar as empresas, refere o mesmo documento são necessários 167 milhões de euros.
Prejuízos astronómicos são agora divulgados pelo Tribunal de Contas depois de uma outra transportadora, a CP, anunciar o encerramento de vários serviços perante prejuízos elevados e fraca procura.
O Tribunal de Contas revela que as empresas sofrem de uma perda permanente de utentes. Entre 1998 e 2009, deixaram de viajar de barco 24 milhões de passageiros, valor que representa 46% da procura da empresa.
Ao mesmo tempo que são cada vez menos os que circulam de barco, a Transtejo e a Soflusa acumulam prejuízos. Entre 2007 e 2009, foram acumulado resultados líquidos de exercício negativo na ordem dos 55,2 milhões de euros, no caso da Transtejo, e de 13,2 milhões, no caso da Soflusa.
O relatório diz que todas as carreiras feitas pelas duas empresas são economicamente deficitárias. Por isso, entre as recomendações feitas à administração está a redefinição da oferta, em horários de procura reduzida.
É ainda recomendado a eliminação de benefícios, subsídios e prémios que não incrementam a produtividade.
Ao Estado, o tribunal recomenda que reponha o capital social nas duas empresas e atribua a uma entidade independente a função reguladora do sector de transportes fluviais.
Por:João Saramago
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