94 milhões para limpar Barreiro e Seixal
Durante os próximos seis meses, no máximo, 52 mil toneladas de lamas de zinco vão ser retiradas dos terrenos da Quimiparque, no Barreiro. Os resíduos serão transportados de camião para o Centro Integrado de Recuperação, Valorização e Eliminação de Resíduos (CIRVER) da Chamusca.
A remoção das lamas de zinco vai custar quatro milhões de euros. No total, a recuperação dos 600 hectares que constituem o território da Quimiparque e áreas envolventes custará 57 milhões de euros. Para a semana, começa a descontaminação da zona da Siderurgia Nacional, no concelho do Seixal, num investimento de 37 milhões de euros que passará, numa primeira fase, pelo tratamento da Lagoa da Palmeira, um dos braços do rio Coina. "É preciso fechar a ligação com o rio e depois cobrir os sedimentos, pois é uma situação em que não se justifica remover os resíduos", explicou Dulce Pássaro. A ministra do Ambiente, que assinalou o início dos trabalhos de remoção de resíduos no Barreiro, garantiu que a descontaminação das duas zonas industriais mais poluídas da margem sul do Tejo estará concluída até 2013.
No que respeita aos terrenos da antiga Quimigal, só após a remoção das lamas de zinco é que será avaliado o grau de contaminação dos solos. Emídio Xavier, presidente da EGF, empresa responsável pelos trabalhos de descontaminação, revelou que existem estudos de solos e de avaliação de risco, que vão estar concluídos em breve e que definem quais as acções prioritárias. "A descontaminação depende dos fins para que se destinam os solos", ou seja, pode não ser necessária a remoção de todos os resíduos industriais perigosos.
AUTARCA QUER 15 MIL A VIVER NA QUIMIPARQUE
Carlos Humberto, presidente da câmara do Barreiro, explicou ao CM que os projectos para os terrenos da Quimiparque e áreas adjacentes passam por atrair pelo menos 15 mil novos habitantes para a cidade. "Queremos criar uma zona operacional, de logística, com componente portuária e ferroviária, com empresas ligadas às novas tecnologias", explicou ao CM. A zona habitacional terá três centros – uma na futura Gare Sul, mais lúdica, outra na zona do futuro terminal fluvial e uma terceira localizada na área poente da cidade (actual terminal fluvial), mais ligada à náutica de recreio, que deverá incluir uma marina.
Por:Edgar Nascimento
Por:Edgar Nascimento
Satisfeito com a vontade politica de se efectuar uma limpeza aquela que possivelmente e uma das maiores zonas ribeirinhas do concelho. No entanto deixa-me alguma duvida a vontade de se levantar tanto betao para se construirem predios, que tantos ja existem no Barreiro, e muitos deles, vazios.
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