Barco com 4 americanos é sequestrado no Mar Arábico
Um veleiro de 58 pés com quatro norte-americanos a bordo foi sequestrado por piratas somalis no Mar Arábico, de acordo com informações da embaixada dos Estados Unidos em Nairóbi, no Quênia, da missão da Somália na ONU e de um organização não-governamental de monitoramento de atividade marítima.Nesta sexta-feira (18), Omar Jamal, primeiro-secretário da missão somali, identificou o veleiro como sendo o S/V Quest, embarcação em que um casal americano viaja pelo mundo desde 2004.
De acordo com um site sobre a viagem, o S/V Quest tem servido de casa para Jean e Scott Adam, que praticam divulgação religiosa e distribuem exemplares da Bíblia em países distantes.
A organização Ecoterra International, que monitora o tráfego marítimo, afirmou que o S/V Quest foi capturado na tarde desta sexta-feira (18) a 240 milhas náuticas (445 km) da costa de Omã, enquanto navegava da Índia para a cidade de Salalah.
"O S/V Quest foi atacado por piratas no Oceano Índico e os quatro americanos a bordo estão sendo mantidos como reféns", informou a organização. Segundo a agência Reuters, não está claro se Jean e Scott Adam estão de fato entre os quatro sequestrados.
Gangues de piratas que assolam as rotas marítimas através do Golfo de Áden e no Oceano Índico normalmente miram navios mercantes de grande porte, como os petroleiros, em busca de resgates, mas o roubo de estrangeiros também pode render quantias elevadas.
Agências do governo dos EUA estão monitorando a situação.
Andrew Mwangura, especialista marítimo da África Oriental, afirmou que o barco já estava a caminho da Somália, na região conhecida como Chifre da África.
A Somália está mergulhada em violência e repleta de armas desde a queda de um ditador em 1991, e a falta de um governo eficaz permitiu que a pirataria emergisse no país.
Por volta das 06H00 GMT (03H00 Brasília), "em meio a negociações para a libertação de quatro reféns americanos, militares responderam ao fogo procedente do iate 'S/V Quest'", revelou o Pentágono.
"Após abordar o barco, os militares descobriram "que os quatro reféns tinham sido executados por seus sequestradores".
Jean e Scott Adam, um casal da Califórnia que trabalhava com assistência humanitária, navegava há sete anos no "S/V Quest" e planejava visitar zonas da Índia, Djibuti e Creta.
Também foram mortos Phyllis Macay e Bob Riggle, um casal de Seattle que navegava com os Adam.
Os militares mataram dois piratas e prenderam outros 13 criminosos.
O "S/V Quest" tinha sido capturado na sexta-feira passada, a 240 milhas náuticas da costa de Omã, e era acompanhado há três dias por forças americanas.
A secretária americana de Estado, Hillary Clinton, condenou "firmemente o assassinato" dos cidadãos americanos e pediu aos países, principalmente da África, que contribuam na luta contra a pirataria na Somália.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, se disse "horrorizado com a morte dos quatro reféns americanos" e reafirmou que a pirataria é "algo inaceitável".
Na mesma nota, Ban Ki-moon aplaudiu os "esforços da comunidade internacional para erradicar a pirataria" na costa somali e "levar os piratas à Justiça".
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