sexta-feira, 29 de julho de 2011

Submarino Chinês - "Jiaolong"

Não foi o maior "mergulho" tripulado da História -. longe disso. Mas constitui uma proeza em termos de rapidez: descer 5.057 metros em menos de três horas, não é para qualquer um. O "Jiaolong" marcou terreno para a China no fundo do mar e valeu-lhe um avanço na corrida aos muito cobiçados jazigos submarinos de matérias-primas.

 

O Jiaolong - nome de um mitológico dragão do mar - não desceu tanto como o Shinkai, submarino japonês que atualmente detém o record de profundidade, com um mergulho de 6.500 metros. E menos ainda bateu o histórico record do submarinista francês Jacques Piccard, que há meio século, em 1960, conseguira descer 11.000 metros no Oceano Pacífico. Nem o Jiaolong nem nenhum outro submarino atual se encontram em condições de igualar a proeza de Piccard.

Mas a proeza do Jiaolong foi, para a China, uma estreia triunfal, disputando aos Estados Unidos, França, Rússia e Japão o oligopólio em matéria de mergulho submarino de grande profundidade. No próximo ano, os responsáveis chineses esperam ganhar ao submarino japonês o record atual de mergulho de profundidade, atingindo então os 7.000 metros.

A rivalidade em torno destas marcas nada tem de desportivo. Os mares do Sul da China encontram-se hoje em disputa entre os vários países ribeirinhos, que procuram ter acesso aos jazigos de metais que aí se conhecem, ou a outros cuja existência se suspeita. Entre esses metais encontram-se o ouro, a prata, o cobre, o níquel e o cobalto, bem como matérias-primas para indústrias de high tech.

A China já comprou à Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos, com sede na Jamaica, os direitos de exploração sobre 75.000 quilómetros quadrados do Oceano Pacífico e dedica-se agora a apurar a tecnologia que lhe permita consolidar em termos práticos essa antecipação jurídica. A exploração efetiva é dos fundos marinhos a essas profundidades é hoje considerada demasiado dispendiosa para ser rentável, mas a tendência altista dos preços de certos metais pode a médio prazo mudar esse quadro.

 

Por:RTP

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Diana Nyad

Diana Nyad vai nadar 60 horas entre Cuba e Flórida no meio de tubarões

 

 

Em Agosto, Diana Nyad, 61 anos, vai atravessar a nado o Atlântico, entre Cuba e Florida. A atleta veterana tem como objectivo percorrer 165 quilómetros em 60 horas. Se atingir a meta, Nyad superará o recorde mundial de nado em oceano, sem jaula, conquistado pela própria em 1979.
Diana Nyad é nadadora de longo curso há cerca de 40 anos. Por um quilómetro, vai fazer-se ao mar com o objectivo de se superar. Trinta e três anos depois de ter percorrido 164 quilómetros de oceano – sem jaula a protegê-la de eventuais correntes oceânicas e de tubarões – de Bimini, no arquipélago de Bahamas, a Júpiter, também na Florida, Estados Unidos, Nyad quer atingir uma meta antiga.

Em 1978, a nadadora tentou fazer a ponte, por mar, entre Cuba e os Estados Unidos - dois países divididos, então e agora, por um embargo económico, decidido em plena Guerra Fria –, mas uma forte corrente oceânica fê-la desistir da maratona após 80 quilómetros e 41 horas e 49 minutos de esforço físico. À altura, foi auxiliada por uma jaula. Em Agosto, vai tentar o feito sem grades. E é essa novidade – enfrentar os tubarões sem protecção – que a fará ultrapassar a façanha de uma nadadora australiana que, em 1997, efectuou o mesmo percurso em apenas 24 horas, mas enjaulada. Com um barco a puxar a jaula, a travessia torna-se mais acessível e rápida.


“Fisicamente, estou mais forte do que antes, embora fosse mais rápida quando tinha vinte e tal anos. Hoje sinto-me forte, poderosa e com sabedoria para lidar com as horas de resistência”, disse Nyad numa entrevista recente ao “New York Times”, acrescentando estar “em forma”.

Os avanços na nutrição dos atletas e nos meios tecnológicos são considerados uma vantagem em relação ao 1978: A cada hora e meia, Nyad fará uma pausa no percurso por poucos minutos para ingerir uma mistura líquida de proteína pré-digerida e blocos de electrólitos em gel, e comer um pedaço de banana ou uma fatia de manteiga de amendoim.




A operação em alto mar envolve, antes e durante, vários actores. O médico desta atleta é um deles e diz estar preocupado com as temperaturas do corpo da atleta e da água, mas não só. Ao “New York Times”, Michael S. Broder, professor clínico associado da Universidade da Califórnia e médico de Diana, acrescenta outras apreensões: “Poderá ela manter-se desperta, concentrada e hidratada?”. Na sequência de variações na reacção do corpo de Nyad à água durante os treinos que precedem o desafio final, o clínico conclui: “Porque nunca ninguém fez alguma vez isto, não é clara a causa de todas estas coisas pelas quais ela tem passado”.

Outros actores integram o grupo responsável pelos preparativos do feito. Quatro especialistas estão incumbidos de estudar as condições climatéricas na preparação da maratona aquática, a partir das previsões meteorológicas até sete dias antes da partida.

Nos treinos, a nadadora que vai desafiar, aos 61 anos, um recorde seu, tem cantado mentalmente canções de Janis Joplin, Neil Young e Beatles, para quebrar a monotonia.

“Nadar é a última forma de privação sensorial. És deixada sozinha com os teus pensamentos de um modo muito severo", afirmou Diana, a poucas semanas do início desta mega maratona, para a qual está a pedir donativos através da Internet, dado que a estrutura desta operação irá custar cerca de 354 mil euros e a organização ainda não arrecadou esse valor.

No que diz respeito à idade com que se vai atirar, em Agosto, ao Oceano Atlântico, para nadar 60 horas quase sem paragens, relativiza: “A geração dos nossos pais, aos 60 anos, considerava-se ‘velha’. Eu estou a meio da meia-idade”.


Por:Publico: Tiago Pereira Carvalho

terça-feira, 19 de julho de 2011

Tall Ships Lisbon 2012

Veleiros: Associação procura jovens portugueses para serem tripulantes numa regata de verão

Uma associação portuguesa está a preparar uma regata de grandes veleiros, que irá atracar em Lisboa no próximo verão. As inscrições estão abertas e o único requisito para pertencer à tripulação é ser-se jovem.

Em julho de 2012, Lisboa vai ser um dos portos de uma regata internacional de grandes veleiros, que chegam à cidade graças ao trabalho diário de uma tripulação composta maioritariamente por jovens. Entre eles, estarão inexperientes “marinheiros” portugueses.

A associação sem fins lucrativos - que promoveu a recuperação do Creola, construiu as caravelas “Bartolomeu Dias”, “Boa Esperança” e “Vera Cruz” - abriu agora as inscrições para os jovens que queiram participar na aventura marítima.
“Qualquer jovem entre os 15 e os 25 anos pode embarcar, não precisa de ter experiência nem sequer de alguma vez ter posto os pés num barco”, contou à Lusa Marta Lobato, da Associação Portuguesa de Treino de Vela (APORVELA).



A principal missão da iniciativa é promover o treino de vela e mar junto dos jovens, oferecendo aos mais novos a oportunidade de fazer parte da tripulação de um grande veleiro.
A viagem começa no início de julho em França e termina em Dublin, um mês depois. A regata atracará em Lisboa a 19 de julho de 2012. No dia 22, os veleiros içam as velas e navegam rumo a Cadiz.

“A competição tem início em Saint Malo, em França, prosseguindo para Lisboa, Cádiz, Corunha e, por fim, Dublin. Os jovens podem fazer toda a viagem ou escolher apenas uma das etapas”, explicou Marta Lobato.
No mar, não existe dia ou noite para a tripulação. A equipa, organizada em turnos, trabalha incansavelmente para fazer o barco chegar a bom porto.

“Cada jovem, quando embarca, passa a fazer parte da tripulação: tem a responsabilidade de cozinhar, fazer a navegação, ir ao leme, fazer os quartos à noite e até lavar casas-de-banho. Fazem tudo o que é preciso para garantir que o barco chega ao próximo porto, o que é muito gratificante a nível pessoal e de responsabilidade”, exemplificou.


A organização promete que, em noites calmas, os jovens tripulantes podem mesmo ficar responsáveis pelo leme.
“The Tall Ships Races” são regatas organizadas todos os anos pela Sail Training International, que exige que pelo menos metade da tripulação seja jovem e que a bordo dos veleiros se fale várias línguas.
A última vez que Lisboa fez parte desta regata foi em 2006, ano em que recebeu 86 grandes veleiros, 6.237 tripulantes de 49 países. Entre eles, quatro mil eram jovens com menos de 26 anos.

Este ano, as inscrições para a participação dos grandes veleiros ainda estão a decorrer, mas Marta Lobato aponta para a presença de 80 embarcações.

Por:Correio do Minho

domingo, 17 de julho de 2011

O Rio e Alburrica


O Rio e Alburrica

Um belo, Trabalho realizado por BarreiroWeb,

Link para o video _barreiroweb.com/images/rio

Link site barreirowebhttp://barreiroweb.com/bweb/


Santuário para Baleias no Atlântico

Países da América do Sul querem formar um Santuário para Baleias no Oceano Atlântico


Criar um vasto santuário no Atlântico Sul onde as baleias possam viver sem medo de arpões, mesmo se a moratória à sua caça for levantada, é o objectivo dos países sul-americanos. Está a decorrer em Jersey a reunião anual da Comissão Baleeira Internacional.
“A lógica de um santuário é reforçar a moratória. Se um dia for levantada, teremos vastas regiões dos oceanos fechadas à caça comercial”, explica Vincent Ridoux, membro do comité científico da Comissão Baleeira Internacional (CBI).

Durante a reunião anual da comissão, até amanhã em Jersey, o Brasil e a Argentina apresentaram um projecto para criar um santuário para o Atlântico Sul, que se iria juntar aos dois grandes santuários já existentes: no oceano Índico (desde 1979) e no oceano Austral (1994).

Porém, o projecto não tem grandes hipóteses de ser adoptado este ano porque “faz parte das iniciativas a que o Japão se opõe, sistematicamente”, salienta Ridoux, membro da delegação francesa em Jersey.

Todos os anos, o Japão continua a caçar baleias no santuário do oceano Austral, alegando fins científicos. Para a próxima época, ainda não se sabia se Tóquio iria manter a caça por falta de dinheiro e pelos protestos ambientalistas. Mas hoje, a BBC noticia que o Japão vai mesmo continuar a caçar nas águas da Antárctida. Na reunião da CBI, Joji Morishita, da delegação japonesa, anunciou que o plano é voltar ao oceano austral. “Estamos agora a debater como vamos enviar de volta a nossa frota para o oceano austral”, disse Morishita, da Agência de Pescas japonesa.

A organização ambientalista Sea Shepherd também já garantiu que vai voltar à Antárctida, para dificultar a vida à frota do Japão.
Willie McKenzie, activista britânico da Greenpeace, considera que a criação de um novo santuário no Atlântico Sul – cujos limites iriam do Equador à fronteira do oceano Austral – permitiria proteger mais eficazmente as baleias nas suas migrações de milhares de quilómetros.

“A baleia de bossa, por exemplo, passa a época de reprodução nas águas quentes e depois passa a época de alimentação nas águas frias, o que significa que o santuário do oceano Austral não chega para esta espécie”, explicou. “Ao criar um santuário maior, estaremos a proteger todo o ciclo de vida da baleia.”

Um santuário no Atlântico Sul iria beneficiar, pelo menos, sete espécies, entre elas a baleia azul e a baleia de bossa, segundo o biólogo costa-riquenho Javier Rodriguez, fundador da Fundação Promar.

Além da conservação das baleias, “o objectivo dos países sul-americanos, apoiados pela África do Sul, é desenvolver uma actividade turística junto de uma população de baleias saudável”, através do whalewatching, lembra Vincent Ridoux.

Por: AFP:Publico

terça-feira, 12 de julho de 2011

Golfinhos no Tejo

Grupo de Golfinhos avistado no Estuário do Tejo  

O conjunto de 8 animais foi visto no sábado de manhã desde uma embarcação de recreio em frente a Caxias, tendo-se a certa altura aproximado e nadado junto à proa do veleiro que se deslocava com o motor ligado.



Foi avistado no passado sábado um grupo de golfinhos-comuns, Delphinus delphis, no Estuário do Tejo. O conjunto de 8 animais foi visto ao longe às 09h05 pelos passageiros da embarcação Zavia, dirigida pelo skipper Vítor Novais Gonçalves, tendo-se aproximado do veleiro e nadado junto à proa enquanto o barco se deslocava com o motor ligado, em frente a Caxias.
O golfinho-comum é uma espécie oceânica com uma ampla distribuição mundial que inclui as zonas de águas temperadas e tropicais do oceano Atlântico. No Mar Negro a espécie pode ser encontrada tanto em mar alto como perto da costa, que frequenta durante associações sazonais ou quando se alimenta de pequenos peixes de águas pouco profundas como as anchovas.

Não se trata da primeira vez que esta espécie é observada no Tejo, havendo vários registos em vídeo no YouTube que o comprovam. Em Fevereiro de 2010 a espécie foi inclusive avistada mais para Norte, perto de Vila Franca de Xira, onde surpreendeu os pescadores.
Outra espécie que também tem sido vista nos últimos anos por quem viaja de barco no Tejo é o roaz-corvineiro, Tursiops truncatus, que terá sido comum entre 1940-1960, altura, em que, possivelmente terá havido uma população residente, à semelhança do que acontece actualmente no Sado, embora tal não seja consensual.
A observação de golfinhos no Tejo depois de um período de longos anos de ausência tem sido associada a uma melhoria da qualidade da água, que resultaria não só do encerramento ou deslocalização de fábricas como a Lisnave, mas também da entrada em funcionamento de várias Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR), a mais recente das quais - a de Alcântara -  foi inaugurada no passado dia 22 de Janeiro.

Veja um registo em vídeo   http://www.youtube.com/watch?v=FOthBSNMfbc 

Filipa Alves - 11-07-11

domingo, 10 de julho de 2011

Aporvela de volta ao Mar no “Creoula”

A Aporvela volta a efectuar uma viagem no “Creoula” no âmbito do programa “Jovens e o Mar” que todos os anos faz embarcar dezenas de jovens portugueses numa aventura inesquecível em grandes veleiros, tanto em Portugal como no estrangeiro. De 3 a 6 de Setembro, mesmo antes do início das aulas, os aspirantes a velejadores vão poder aprender tudo sobre o que é estar no Mar: ver cartas náuticas, estar ao leme, lavar o convés, ajudar a preparar as refeições, fazer turnos, ver o nascer do sol no Mar, aprender a fazer nós e a trabalhar em equipa. E vão fazê-lo num dos mais belos e grandes veleiros do mundo, um autêntico repositório da tradição marítima portuguesa.


O “Creoula” é um lugre de quatro mastros e 67 metros de comprimento com capacidade para 51 instruendos. O treino de mar é assegurado pela guarnição da Marinha Portuguesa, propositadamente reduzida para que os jovens participem nas manobras e tarefas. A bordo segue ainda uma equipa de monitores da Aporvela que vão organizar os turnos, promover a animação geral da tripulação e fazer workshops temáticos ligados ao Mar.
Esta viagem é organizada para prosseguir os seus objectivos e para promover a regata The Tall Ships Races Lisbon 2012, o maior evento náutico do ano em Portugal, que trará a Lisboa cerca de cem grandes veleiros como o “Creoula” e a “Sagres”, milhares de jovens tripulantes e muita animação no porto de Lisboa.
Contactos importantes:
As reservas de lugares e pedidos de informação devem ser feitas para a Aporvela: geral@aporvela.pt ou 934081112.

Por:Nautica Press

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Minérios raros no fundo do mar

Japão descobre minérios raros no fundo do mar

 

A geologia já explorou a maior parte dos minerais disponíveis na superfície terrestre, mas um recente estudo mostra que ainda há uma área com muito potencial a explorar: o fundo dos oceanos. Cientistas japoneses estimam que existam mais de 100 bilhões de toneladas de minérios no fundo do mar, alguns dos quais raros e com aplicações essenciais na tecnologia.
A descoberta aconteceu em mares próximos ao Havaí e à ilha de Taiti, no Oceano Pacífico. Os materiais foram encontrados por geólogos da Universidade de Tóquio, que acharam minérios em 78 lugares diferentes do relevo oceânico. Estes lugares ficam entre 3.500 metros a 6.000 metros abaixo da superfície do mar, em uma profundidade que os oceanógrafos chamam de “zona abissal”. O próximo desafio dos cientistas é verificar se a maioria desse minério disponível seria apta à exploração e ao comércio.
Os números impressionam: segundo os cientistas japoneses, com apenas um quilômetro quadrado de depósitos desses minérios raros vindos do oceano seria possível suprir um quinto de todo o consumo anual. O país que mais produz minerais raros, atualmente, é a China, com incríveis 97% do total mundial.
Enquanto apenas essa área descoberta no fundo do mar tem potencial para possuir de 80 a 100 bilhões de toneladas de minérios raros, todas as reservas terrestres juntas somam apenas 110 bilhões de toneladas. Com as novas fontes marinhas, a expectativa é grande. O principal metal raro que se espera encontrar é o ítrio, que tem uma ampla gama de utilidades. É aplicado desde a fabricação de granadas até filtros de micro-ondas, passando por receptores de televisão e catalisadores de outros elementos químicos.
Nem tudo, no entanto, são rosas. Os ambientalistas alertam para os perigos da exploração excessiva do fundo do mar, que pode agredir o ecossistema se for feita de maneira desmedida. Além disso, a área que os japoneses pretendem explorar está sob disputa territorial com a China. Coincidentemente ou não, os chineses são os maiores produtores de minérios atualmente. Países asiáticos menores, como a Malásia, também vislumbram crescimento a partir desse setor.    [BBC]

Por Stephanie D’Ornelas

terça-feira, 5 de julho de 2011

Nuestra Señora de Atocha

Mergulhadores da Flórida encontram novo tesouro em naufrágio

 

Mergulhadores em Florida Keys recuperaram um grande anel de esmeralda e duas colheres de prata que acreditam ser do galeão espanhol Nuestra Señora de Atocha, um naufrágio que já revelou um dos maiores tesouros recuperados do mar.
Funcionários da Mel Fisher''s Treasure, empresa que trabalha na região do naufrágio do navio desde 1969, acreditam que estão próximos de encontrar a última parte perdida do navio. "Nesta área ficavam os clérigos e a elite com os seus itens pessoais", disse Sean Fisher, porta-voz da empresa e neto do seu fundador Mel Fisher.
O Atocha voltava para a Espanha carregado de ouro e prata do novo mundo quando afundou ao ser atingido por um furacão em Key West, em setembro de 1622. Depois de 16 anos de busca, Mel Fisher e a sua equipe encontraram a carga principal do naufrágio em 1985. Eles resgataram mais de 40 toneladas de ouro e prata, além de mais de 100 mil moedas de prata espanholas, junto com esmeraldas colombianas e outros artefatos. A empresa estima o valor em quase 500 milhões de dólares.
Desde então, Sean Fisher disse que a equipe fez outras descobertas em um raio de 16 quilômetros do naufrágio. Após afundar, outros furacões espalharam pedaços do navio. "Estamos indo na direção correta. Como o navio quebrou em dois e ficou sendo carregado por centenas de anos, estamos encontrando coisas aos poucos", disse Fisher.
O anel de ouro com uma grande esmeralda está bem conservado e foi avaliado em 500 mil dólares. Já as colheres e os outros itens estão cobertos por resíduos e deverão ser tratados no laboratório da empresa, então eles não tiveram nenhuma estimativa de valor.
Com uma cópia do registro de carregamento do Atocha, Fischer acha que vai encontrar mais 100 mil moedas, 400 barras de prata e joias pessoais no restante do navio. "Havia muito contrabando, já que o clero e a nobreza não queriam pagar impostos ao rei. Nós esperamos encontrar vários itens que não foram declarados", acrescentou.

Por:Jornal do Brasil